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Muita Sorte, Pouco Juízo
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Fosse capaz de ganhar dinheiro, Zé Grandão seria o Fred Astaire da reportagem mundial. Feio, longilíneo, andar desengonçado, extremidades longas que encantam mulheres dispostas a imaginar o que não vêem, o tipo físico bate com perfeição. Mas a identidade só fica completa quando se examina o método. Pois o repórter José Roberto de Alencar, sul-mineiro da gema e titular do personagem Zé Grandão, por ele criado faz trinta anos com o exclusivo propósito de atazanar chefes e comover leitores, trabalha como louco para ter o gostinho de fingir que é malandro e, portanto, teria artes com o mistério para arrancar da sorte aquelas histórias maravi¬lhosas, pontilhadas com detalhes picarescos e figuras humanas notáveis, que publica na impren¬sa diária e, de um tempo a outro, junta num livro como este.
Páginas: 192
Peso: 0.240
Tamanho: 14x21
Volume: 1
isbn: 85-295-0053-9
Ano Lançamento: 2005

Fosse capaz de ganhar dinheiro, Zé Grandão seria o Fred Astaire da reportagem mundial. Feio, longilíneo, andar desengonçado, extremidades longas que encantam mulheres dispostas a imaginar o que não vêem, o tipo físico bate com perfeição. Mas a identidade só fica completa quando se examina o método. Pois o repórter José Roberto de Alencar, sul-mineiro da gema e titular do personagem Zé Grandão, por ele criado faz trinta anos com o exclusivo propósito de atazanar chefes e comover leitores, trabalha como louco para ter o gostinho de fingir que é malandro e, portanto, teria artes com o mistério para arrancar da sorte aquelas histórias maravi¬lhosas, pontilhadas com detalhes picarescos e figuras humanas notáveis, que publica na impren¬sa diária e, de um tempo a outro, junta num livro como este. 

Aqui, nosso repórter é igualzinho a Fred Astaire quando dançava com o abajur, sapato branco e camisa de seda engomada, borbulhando em gargalhadas como se não tivesse feito outra coisa na vida. Isso depois de um sumiço de semana inteira, tempo que suava agarrado num toco de madeira de sol a sol, esculpindo os passos e volteios que mostraria, depois, com aquele ar de improvisador sabichão e dono da verdade. 

Zé Grandão é assim mesmo: trabalha de domingo a domingo, é capaz de se meter numa viagem de horas só para obter numa cidadezinha da fronteira o detalhe que ajudará a fechar melhor um parágrafo de abertura, assiste a sessões madrugais de pauta sem mover supercílio. disputa cada vírgula do seu texto com quem se aventure a canetá-lo não falta em reunião festiva dos colegas. 

Essa máquina laboriosa só falha quando pinta mulher na vizinhança Se for colega, então, o cavalheirismo se apresenta na forma de sugestões para entrevistas, louvações a textos canhestros, ajuda na correção de verbos capengas, retoques na sintaxe e na concordância e, por fim, elogios rasgados ao produto enfim estampado em papel, que podem se insinuar numa tela de computa¬dor ou mesmo assumir a forma de cartas postadas em pagos distantes Como o mestre, Zé Grandão colhe satisfeito da semeadura abundante. E vive em paz. 

As reportagens comentadas nesta coletânea devem ser lidas com esse desconto. Para obtë-las. Alencar moveu montanhas, atraiu problemas, feriu interesses de gente poderosa e tomou dores de brasileiros modestos. Entregue a mercadoria, fanfarroneia misteriosa intimidade com a sorte que teria lhe assegurado o essencial da obra. Fingimos acreditar e assim o falso improvisador continuará investindo sangue e lágrimas na caça dos eventos que nos serve em suntuosas narrativas Sorte nossa, que pegamos carona na poltrona e vivemos cada passo dessa trajetória sem par 

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