O fanático condenado à prisão perpétua pelo homicídio do missionário e seus dois filhos pede agora a redução de sua sentença, enquanto as autoridades exigem a pena de morte.
Os cristãos "acreditam em perdão e não buscam vingança", mas agora eles querem "que a justiça reforce a verdade, o único meio capaz de trazer paz para todos os envolvidos nas atividades missionárias em Orissa". Essa foi a resposta de Dom Thomas Thiruthalil, bispo da diocese de Balasora e presidente da Conferência de Bispos de Orissa, quando o "AsiaNews" perguntou-lhe sobre os dois apelos no "caso Staines", aceitos pela Suprema Corte, (este é o caso do missionário australiano queimado vivo com seus dois filhos).
O primeiro pedido foi feito por Ravinder Pal (Dara) Singh, o hindu fanático culpado de homicídio e condenado à prisão perpétua: ele pede a redução de sua sentença. O outro pedido veio do Bureau de Investigação Central, que denunciou as investigações do caso como "imprecisas" e pediu pela pena de morte, depois da revisão do caso.
Singh foi condenado à morte em 22 de setembro de 2003 pela Corte Provincial de Orissa. Essa sentença o condenou por liderar um ataque no distrito de Keonjhar, em 23 de janeiro de 1999, que levou à morte Graham Staines e seus filhos de sete e nove anos. A corte também prendeu 12 homens tidos como seus cúmplices. A Suprema Corte desse estado mudou a sentença de Singh para prisão perpétua no dia 19 de maio e libertou 11 de seus cúmplices.
O bispo disse ao "AsiaNews": "A instância inferior verificara as provas contra Singh, condenando-o à pena de morte. Isso encorajou os que estavam do lado da justiça. Os cristãos acreditam em perdão. Não estamos implorando por vingança, pelo contrário, desejamos que a verdade seja trazida à luz. Apenas a justiça que fortalece e prova a verdade pode trazer paz àqueles envolvidos nas atividades missionárias em Orissa".
"Dara Singh tem muitos defensores entre os fundamentalistas. Todos o estão ajudando, mas cremos que a sabedoria dos honoráveis juízes de nossa corte, em busca da verdade e da justiça, prevalecerá".
John Dayal, presidente da União Católica Toda a Índia, disse que "o caso Staines foi desviado desde o começo. Lembramo-nos dos comentários de Lal Krishan Advani, o então ministro dos Assuntos Internos - 'os garotos do Bajrang Dal (a ala jovem do movimento nacionalista hindu) são muito amigos' - e dos comentários de seu colega George Fernandez - 'tudo isso é uma conspiração estrangeira' - apesar da evidente prova do envolvimento de Singh no movimento".
John reiterou a denúncia feita pelo bispo: "Durante sua primeira prisão, Singh foi pintado como um herói. Ele deu longas entrevistas na televisão, toda a mídia nacional falava dele como queria, e agora ele é um herói para alguns".
O ativista disse que as verdadeiras motivações por trás da condenação são contraditórias: "A assistência fornecida pela polícia local aos juízes foi tão mínima que a primeira sentença ficou cheia de buracos e foi facilmente rejeitada. A Suprema Corte de Orissa é conhecida pela severidade com que trata os casos contra a atividade missionária. Entretanto, sua decisão neste caso foi incrível: ela reduziu a pena de morte de Singh para a prisão perpétua porque ele não agiu sozinho, mas com um grupo de pessoas. Essas, por sua vez, foram libertadas porque foram forçadas por outros a matar, não agiram por vontade própria!".
"Eu sou contra a pena de morte e reconheço o direito que o homem tem de apelar à Suprema Corte. No entanto, os juízes devem reconhecer esse homicídio como um crime contra a humanidade, perpetrado por uma pessoa que nega aos cristãos a permissão de orar e aos muçulmanos os seus direitos básicos", completou John Dayal.
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