A agência de notícias BosNewsLife soube, no dia 12, que um grupo militante islâmico que se auto-afirma uma divisão sul-asiática do al-Qaeda ameaçou atacar governos do Sudeste Asiático.
Em um site, monitorado pela agência, o grupo terrorista avisou a Malásia, Tailândia, Cingapura, Indonésia e Filipinas para aguardarem ataques aos governos e a zonas militares e econômicas. Pediram também para que os muçulmanos deixassem essas áreas.
"Tudo o que iremos fazer serão atos bárbaros contra homens que não querem crer em Alá", disse o artigo intitulado "declaração de guerra". "As espadas dos guerreiros santos estarão sempre sedentas de seu sangue." Não ficou evidente se o grupo tinha como cumprir as ameaças.
Esperava-se que a intimidação preocupasse os cristãos. Ela foi feita depois de boatos de possíveis ataques a igrejas na Tailândia.
Os militantes do grupo Jamaah Islamiyah, ligado ao al-Qaeda, iniciaram nos últimos anos uma série de explosões - contra alvos ocidentais, em sua maioria - na Indonésia e Filipinas. Em 11 de dezembro, muçulmanos moderados se ofereceram para proteger igrejas cristãs na Indonésia contra ataques durante a época de Natal.
A Tailândia e as Filipinas estão lutando contra insurgentes islâmicos em regiões remotas. O artigo também diz: "O mundo está mudando, e o âmbito da guerra santa está ficando maior. A guerra entre o islamismo e os incrédulos está ficando mais agressiva".
As polícias da Indonésia, Tailândia e Malásia disseram não possuir nenhuma informação sobre o site ou sobre o artigo, datado de 5 de outubro. O chefe da Agência de Inteligência tailandesa, Jumpol Manmai, afirmou: "Mesmo que nunca tivéssemos ouvido falar desse grupo terrorista, uma vez que ele fez uma ameaça via internet, devemos ter cuidado".
A afirmação faz referência a dois dos militantes mais famosos na Ásia, Noordin Top e o recentemente assassinado Azahari bin Husin. Eles seriam "tigres do islamismo" e incentivam os muçulmanos a seguirem seus passos.
Os dois homens, ambos malaios, são culpados pelos piores ataques terroristas no sudeste asiático, incluindo os bombardeios de 2002 no resort indonésio em Bali. Eles também são os supostos líderes-chave do Jamaah Islamiyah.
O artigo ataca a Tailândia por sua hostilidade aos militantes muçulmanos do sul do país, citando versos do Alcorão para justificar a violência contra os soldados de lá. Ele também critica o governo secular na Malásia, se referindo talvez aos eventos de outubro, quando pacotes suspeitos foram enviados para diversas embaixadas estrangeiras em Kuala Lumpur.
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