Depois da aprovação da legalização da união civil entre gays no Brasil, o Bispo Edward Robinson de Barros Cavalcanti lamentou que “não houve uma voz evangélica no Tribunal,” denunciando ainda que grande parte das Igrejas Evangélicas não se pronunciam sobre o assunto.
“Tivemos representantes da Igreja Católica da CNBB e embora você tenha uma Aliança Evangélica em formação, você não tinha uma voz evangélica no tribunal,” disse ele ao The Christian Post nesta segunda-feira.
O problema, ele apontou, foi que se no passado, algumas Igrejas consideravam os delitos sexuais mais graves do que os outros, “hoje o homossexualismo quer sair da lista de qualquer pecado.”
Segundo o bispo da Igreja Anglicana do Cone Sul da América, teólogo reconhecido, a grande parte das Igrejas Evangélicas no Brasil, não se pronunciam, “não só sobre o homossexualismo, mas sobre a sexualidade em geral.”
“A Igreja nem no campo legal, nem no campo teológico e nem no campo pastoral, tem feito algo de muita envergadura.”
E enfatizou que “uma crescente quantidade de pastores de Igrejas históricas, até conservadoras, de uma geração mais jovem, começam a não mais condenar o homosexualismo, e a ter uma postura relativista.”
“E tão nefasta quanto a intolerância, é a tolerância,” expressou o bispo.
Segundo ele, “A teologia rerformada diz que a pecaminosidade é o estado geral da queda, que o Calvin chama de depravação total, todas as áreas foram atingidas, não mais e não menos.”
Mas relembrou que “todas as áreas também são atingidas pelo amor, transformador e libertador de Cristo.”
Cavalcanti revelou que tem sido discriminado por pastores até conservadores, como homofóbico, “porque eu continuo a dizer que o homossexualismo é um dos pecados.”
Ele chamou atenção para o fato de que “no momento a sociedade está promovendo uma agenda homossexual e que a Igreja tem que, por um lado, estar consciente do que está acontecento, ter uma atitude amorosa pelo coração de Cristo, mas ao mesmo tempo ser firme em afirmar os valores morais da palavra de Deus, e possibilidade de transformação pelo poder do Espírito Santo.”
Como um pedido para que as Igrejas refletissem, ele escreveu dois livros na década de 70 para falar do assunto da homossexualidade, “Uma Benção Chamada Sexo” e “Libertação e Sexualidade.” Entretanto, ele constatou que a maioria era ausente de maneira geral com relação ao tema e “outras numa linha mais neopentecostal, trabalham numa só dimensão de opressão espiritual – de tirar maus espíritos ou encostos.”
Há poucas pessoas trabalhando unindo o espiritual e o científico, afirmou ele. Ele citou psicólogo cristão Carlos Tadeu Grzybowski, que trabalha com a questão homossexual e é autor do livro “Macho e Fêmea os criou.” Entretanto, o bispo denunciou que os piscólogos que trabalham com isso, tem sido perseguidos e o Conselho Federal de Psicologia do Brasil tem tentado cassar a licença de qualquer psicologo cristão. Além disso, aqueles que tem a possibilidade de atender tem que ajudá-lo [o homossexual] a continuar a ser gay e não ajudá-lo a sair [da homossexualidade].
Em seu artigo recente “Brasil: Justiça Legaliza Imoralidade,” Cavalcanti escreveu com lamentos que “a imoralidade do homosexualismo – nítido desvio de conduta e enfermidade emocional e espiritual (…), recebeu o manto da legalidade, como o objetivo de reforçar a sua legimidade.
“A imoralidade foi legalizada. O pecado foi legalizado.”
“O Brasil está de luto.”
Onde ele afirma também que, “O próximo passo será a criminalização dos heterossexuais que não admitem a normalidade do homossexualismo, o atentado à liberdade de expressão e da liberdade de religião, com a PLC 122, ora no Senado da República.”
Para Cavalcanti a mídia já vinha, há muito tempo, “manipulando a opinião pública, em uma autêntica lavagem cerebral, para quebrar as resistências, e ‘reeducar’ a nação.”
Mas ele acredita que os “cidadãos brasileiros de convicções morais baseadas nos valores da fé revelada e nos valores sempre afirmados por nossa pátria continuarão, com convicção e coragem, a expressar a sua mais veemente condenação a esse momento lamentável, que deslustrou a mais alta corte de justiça do País.”
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